quinta-feira, 19 de março de 2015

sapo

sapo que vê
a rua
do topo
do mastro
é sapo
que "cuaxeja"
mudo
em pedra
do alto

quarta-feira, 11 de março de 2015

Pouco em céu

São poucas as tantas estrelas
De um milindroso céu
Que revejo
...E revejo,
E revejo...
Por vezes até bocejo
A cada novo desfecho
De dias que apareceu
E sendo este uma estrela em outros tontos céus
Brinca de tão manhoso em forma fluida, ser
“marenoso”
quase que num aveso
Assim
Me rastejo
Para quem sabe um dia também subir aos seus...


*Tattu 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Nada dig(n)o

Vou engravatar-me 
em terno sepulcral,
esquecer quem um dia 
pensei que talvez fosse,
sonhar apenas
o que me comandam,
desafinar minhas linhas,
entardecer meus tons e
argilar-me em cinza ser
que se concreta.
engarrafar-me
em todos meu mal bebidos,
virar a rolha dos destonados,
não mais crepuscular meus sorrisos,
tão pouco florir meu olhar, e
muito menos ainda
colorir de ladrilhos amarelos,
ou de qualquer cor que seja,
meu cantarolar.
em verdade vos minto: nem cantarolar mais vou!
Amanhecer para mim será apenas
acordar,
passarinho apenas
bicho,
vento apenas
ciência
e borboleta...
nem mais sei do que se trata.
Vou ser a reta em linha,
descurvando minhas estrelas,
"adultecendo" todo meu desviar.
Ar...?
este não mais salamandreará
em mim.
apenas me manterá em zumbilância,
esticando as reticências finais
dos meus tantos finais
que um fim nunca encontra,
ou encanta,
quem é que sabe?
A partir desse ex.crito
serei apenas um Zé...
Qualquer, um, desde que Zé,
em nascido nome cartorizado apenas,
Nada além do além mais que um
número mamiferalizado em pessoa,
escritorizado
em olhos não brilhantes,
Desonestizado
Em formal busca do viverei o então,
Um ninguém em Zé...
em social homem que de mim, nada fiz


*Tattu

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Escrever tudo o que desleio

é deixar informado a alado lado mais incomposto
do meu nada ser.
aquele pelo qual
os não viventes
absorventes do re.fluxo alheio,
finje o me ver,
assim
eu
desnavegante dos mares d mim
finjo até ex.cre.ver

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Tenho o tempo de tecer tolices
teço tais tolices por ser do tempo
por horas são tecidas essas tempices
ou será que apenas são torcidas?

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

sem título

Semana que se finda
em versos que ainda mal acordados estão,
sendo o inverso, então,
aos acordes dados
em rima canção
sempre que "é sexta feira amor".
Sonora trilha ao sonho,
que presumo,
suponho,
não mais ser impessoal,
porém único
a um e a outro
em momentos onde
unem-se,
aos sonhos
das horas iniciais
para formar,
é bem capaz,
o "nós" de tempos eternos
bem afinados
a um desalinhado
bom dia amanhecente.

*Tatu

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Moça e seus olhos

Olhos que brincam
em noite enluarada,
borboleteando o ar.
Olhos alegres
que trans.bordam de essência "bonequistica".
Olhos canção
encantos em inspiração,
entre negra armação à óculos negros de olhos em cor.
Olhos, aparecida imagem de santa,
emoldurada por linhas capilares de singular beleza.
Brilho em dourado sonho.
Poesia encabulada são esses olhos,
um delicado desenho em forma de moça,
presente tão belo a meus suspirentos olhos. 

*Tattu