quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Tenho o tempo de tecer tolices
teço tais tolices por ser do tempo
por horas são tecidas essas tempices
ou será que apenas são torcidas?

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

sem título

Semana que se finda
em versos que ainda mal acordados estão,
sendo o inverso, então,
aos acordes dados
em rima canção
sempre que "é sexta feira amor".
Sonora trilha ao sonho,
que presumo,
suponho,
não mais ser impessoal,
porém único
a um e a outro
em momentos onde
unem-se,
aos sonhos
das horas iniciais
para formar,
é bem capaz,
o "nós" de tempos eternos
bem afinados
a um desalinhado
bom dia amanhecente.

*Tatu

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Moça e seus olhos

Olhos que brincam
em noite enluarada,
borboleteando o ar.
Olhos alegres
que trans.bordam de essência "bonequistica".
Olhos canção
encantos em inspiração,
entre negra armação à óculos negros de olhos em cor.
Olhos, aparecida imagem de santa,
emoldurada por linhas capilares de singular beleza.
Brilho em dourado sonho.
Poesia encabulada são esses olhos,
um delicado desenho em forma de moça,
presente tão belo a meus suspirentos olhos. 

*Tattu

sexta-feira, 12 de julho de 2013

À lá Sampa

Alguma coisa sim acontece em meu coração.
e não por cruzar esquinas
que em canção ganham fama,
nem por dar ouvidos a todos
esses demônios que da garoa me recitam.
muito menos pelo acaso
das linhas, tortas, marginais a me guiar.
não pode ser também
o doce sabor dum pingado deslido
à pão na chapa.
tão pouco é pela embriaguez
"montanharusseante" dos trilhos do metrô
e tenho a certeza que não se trata
de todos os cinza de um colorido almodoviano
a neblinar meus frios calores de julho.
o fato, ato, anonimato
são os encantos das linhas
dela, cidade, que carrega no nome a alegria do viver
que ama a la sampa
que ins.pira meus devaneios
que traduz em conto o encontro
de todas as pauliceias desvairadas
que traz em seus olhos um
belo horizonte
e que trouxe a eternidade dos instantes
a meus vinhos,
tintos, que me deixam tontos
frente aos mistérios urbanos teus.

*Tattu

domingo, 16 de junho de 2013

Fé Zés, Fé!

Fé Zés, fé!
devaneia um
megafone "berrento"
em mãos roucas de tantos calos
diante da putrefação nossa de cada dia,
e não calo minha fé frente a virtude
dos impuros
"Meduzentos" em ser a necessidade básica de nossas Sextas.
prefiro aquele som que
rumina em meus ideais
por vezes não leais
aos tais sonhos impostos pelos não raros.
manifesto-me-em-mim-mesmo!
e perco-me em meus desassossegos
coletivos de tantos Zés.
ninguém de quem alguém um dia lembre-se bem
sarnentos e sedentos de ida
que numa dessas vindas
para o íntimo seu particular
encontrou os rabiscos
em cinzas
do que um dia
tivera sido
o inverso cantar de sereia:
Fé Zés, Fé!

*Tattu

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Mar, Meo!

Busco um Mar
um que não é meu
mas sendo mar
então encheu
imenso como todo ma(r)teu
que brincam na miragem
das ondas
daquele
mar
ateus

*Tattu

sol

Queima Sol
queima todo meu mofo tropical
permitindo-me brincar
com as cores cinzas
da minha nova visão
Queima Sol
me faz suar
expele o saudoso pela pele
que impele o sorrir
despensando a "tronxa" razão
Me queima Sol
fundi toda raiz em planta, pó
e quem sabe em voz.